Eu queria reviver dois momentos, agora. Ou ter esses dois distintos momentos ao mesmo tempo, em um só lugar. Eu queria ter...

Pedaço de felicidade

Por | 13:19

          Eu queria reviver dois momentos, agora. Ou ter esses dois distintos momentos ao mesmo tempo, em um só lugar. Eu queria ter aquele doce e espontâneo sorriso, novamente, ao lado da minha amiga ruivinha. Eu queria, também, receber aquele sincero abraço da minha querida ‘Atibaia’. Como nessas fotos...
          A turma era grande. Mais de 70 pessoas. Na lista, chegava a 90. Primeiro ano de faculdade. Éramos a ‘galera da rampa’, o grupo mais alegre e grande de toda a instituição. Não cabíamos todos no elevador. De escada, ninguém queria descer ou subir, então nossas risadas faziam eco nos corredores da rampa. Era possível saber quando estávamos chegando só pelos sons das nossas gargalhadas. Em meio a um imenso grupo, uma garota, a ‘minina de Atibaia', estudante de Publicidade, me conquistou de um jeito único. Não apenas na sala de aula, nem na rampa ou nos corredores, mas durante as tardes, em nosso vasto tempo livre, que usávamos para descobrir as belezas da cidade grande. Masp, Parque Trianon, Liberdade, museus, exposições. Estávamos sempre juntas. E quanto mais eu a conhecia, mais eu me apegava. Separadas por um período. Ela passou a estudar à noite e eu, triste, imaginei que o contato acabaria. Por felicidade do destino, foi justamente nesse período que eu percebi que a amizade, o carinho e a nossa relação estavam mais fortes e mais maduros.

          Trote: a vingança. Foi assim que eu conheci a ruivinha. Era meu segundo ano da faculdade e eu experimentei a incrível sensação de pintar os calouros. Ela era um deles. Por um segundo eu tive pena. Ela usava uma camisa nova xadrez clara. Lembro-me bem. E então a incrível sensação voltou. Não por acabar com a camisa dela, mas por ver a animação por toda a parte: calouros e veteranos. Eles, os calouros, eram inspiradores. Percebi que não seria nada difícil eu gostar, realmente, daquelas pessoas. Dela, em especial. No começo, apenas cumprimentos nos corredores, conversas em mesa de bar... depois, quando percebi, éramos amigas. E não apenas amigas, mas boas amigas, grandes amigas. Nasceu o nosso Ypiranga. Sorrisos, abraços, afetos, conselhos, lágrimas, mal entendidos, acertos, mais abraços e sorrisos. Só o fato de estar ao lado dela, me fazia feliz. Aliás, faz. A melhor amiga que encontrei ali. E que vou levar para o resto da vida.
          O que a 'minina' de Atibaia e a ruivinha tem em comum? Elas são publicitárias; eu as conheci na Fapcom; estudavam no período matutino e foram convidadas a integrar o noturno; são divertidas, alegres, sinceras; estão entre as poucas pessoas que convido para irem à minha casa; de uma forma única, individualmente, possuem os melhores lugares em meu coração; aniversariam no mesmo dia.
          Taty e Bel, eu amo vocês. Obrigada por integrarem esse meu imenso pedaço de felicidade. 
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